quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O ano de 2012

Não sei se o mundo vai acabar mesmo daqui alguns dias, eu acho que não.
Mas o que eu realmente gostaria de compartilhar com voces, é contar um 
pouco do que foi 2012 para mim.
Eu comecei o ano, com o objetivo de mostrar o meu trabalho.
Acredito que as pessoas só vão conhecer o seu trabalho se voce mostrar. 
E foi isso que fiz. E foi muito bom. É importante ouvir opiniões e críticas, 
é valioso e inspirador.
Em março, mostrei no Espaço de Arte do restaurante Trio, a exposição  
Um Lugar só Seu, com curadoria da Carolina Magano Prado. Ver post:
 

Em abril, participei das leituras de portfolios no Fotofest em Houston. 
É uma bienal de fotografia, com exposições, palestras, leilão e workshops. 
A leitura de portfolio é uma grande oportunidade para o fotógrafo mostrar 
seus projetos. São 4 dias, intensos, de entrevistas de 20 minutos com cada 
revisor. Eles são curadores, editores, diretores de museus, fotógrafos e 
diretores de festivais do mundo todo.
É  vislumbrar uma chance de mostrar seu trabalho numa revista, blog ou ser 
convidada para uma exposição. O importante é mostrar, e é claro maravilhoso 
se der algum retorno. Eu consegui uma publicação na 6mois, ver post:

com Anna Tucker, curadora de  fotografia do Museum of Fine Arts, Houston
 
Em agosto, participei do XVII Encuentros Abiertos, Festival de La Luz, 
em Buenos Aires, com o projeto O Tempo está Passando, no Centro 
Cultural Recoleta. Ver posts:
Também em Salta, Argentina, o Muséo de Arte Contemporáneo, mostrou 
novamente a exposição Origem
E em setembro, Origem voltou a São Paulo, desta vez no Shopping
da Moóca.
Em outubro, inaugurou na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a exposição  
O Mais Parecido Possível - O Retrato, da qual eu faço parte, e tem a   
curadoria de Diógenes Moura. Ver post:
E por fim, em novembro fui a Paris, para participar do Lens Culture 
Fotofest, também para leitura de portfolio, desta vez com outros revisores. 
Foi muito produtivo, e voltei com alguns convites. Agora é torcer para dar 
certo. Aproveitei e visitei o Paris Photo, no Grand Palais. É a mais 
importante feira de fotografia do mundo, onde só se mostra o melhor 
do melhor.
Incrível ver o trabalho de fotógrafos consagrados e ter a 
oportunidade de ver muitos que não conhecia.



Bernd & Hilla Becher, Zeche Zollern 2, Dortmund- Bövinghausen, 1972
 
tietagem com Hilla Becher

Ainda acontecia em Paris, o Mois de La Photo, com mais de 80 exposições 
espalhadas pela cidade. Uma verdadeira maratona.
Apesar de ter visto muita fotografia, a exposição que mais me emocionou fo
a de Edward Hopper (1882-1967), no Grand Palais até 28 de janeiro de 2013. 
A exposição está dividida cronologicamente em duas partes: a primeira, 
mostra seus anos de formação (1900- 1924), comparando seu trabalho com 
a arte de seus contemporâneos que ele viu em Paris, da qual foi bastante 
influenciado.
A segunda, mostra seus trabalhos já maduros, (1924-1966) desde seus 
primeiros quadros, emblemáticos pelo seu estilo pessoal. 


Ufaacabou. Agora um descanso merecido porque ano que vem
tem mais.
Agradeço a todos que acompanharam meu blog, que me apoiaram
e torceram por mim.
Um ótimo final de ano, e que venha 2013.







quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Mais Parecido Possível - O Retrato

Abertura da exposição neste sábado, dia 20 de outubro 2012,
da qual faço parte.
Na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Curadoria de Diógenes Moura.


ORIGEM - na 6Mois, publicada em Paris

Uma matéria sobre o projeto ORIGEM - Retratos de Família no Brasil, foi publicada pela revista semestral 6Mois, na edição de setembro/2012.
O objetivo principal da revista, é retratar o século XXI com imagens. O primeiro número foi publicado no início de 2011, e desde então, é reconhecida como uma revista de alto nível, que utiliza a fotografia para contar histórias.
O conceito é simples: publicar duas vezes por ano uma revista com 350 páginas, com portfolios de fotógrafos que ganham de 25 a 30 páginas cada, como matérias principais. E também dedica menos páginas para inúmeras histórias. A revista não tem uma única página de propaganda, é vendida sómente em livrarias ou por assinatura.
A editora, Marie- Pierre Subtil, fala porém, que a revista não é direcionada para fotógrafos, mas sim para o público geral que estão interessadas em histórias. A fotografia é usada como um instrumento para documentar o mundo, com histórias jornalísticas. Não estão à procura de imagens bonitas. Querem mostrar como as pessoas vivem no planeta nos dias de hoje. Publicam portfolios que mostram o dia a dia das pessoas.
Conheci Marie em abril deste ano, em Houston, quando tive a oportunidade de mostrar o meu portfolio a ela. Na volta da minha viagem, recebi o convite para participar do número seguinte.
Nesta mesma edição, tem uma matéria sobre Dilma Rousseff - Photobiographie, Dilma, La Rebelle Brésilienne, com 15 páginas, contando toda sua trajetória de vida.
Além de publicar a matéria, a 6Mois remunera todos os fotógrafos. Ter um trabalho publicado já é difícil, ou seja, foi uma boa surpresa.
Para saber mais, acesse: www.6mois.fr e veja também um vídeo que mostra a produção da 6Mois:

 

 


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Catarse

Gostaria de agradecer aqui, a todos os amigos, familiares,
conhecidos e até desconhecidos que me ajudaram a realizar a
exposição "O Tempo está Passando", em Buenos Aires.
A exposição faz parte do XVII Encuentros Abiertos, Festival
de la Luz 2012, que acontece de agosto a setembro.

O que é o Catarse?    http://catarse.me/pt

O Catarse é uma maneira diferente – e colaborativa! – de financiar projetos criativos.
Todos os projetos tem que ter um objetivo de arrecadação (a partir de R$1,00) e um prazo (entre 1 e 60 dias). Nesse meio tempo, o dono do projeto tem que engajar sua comunidade pra conseguir reunir a grana que foi pedida. Quando acabar o prazo final, teremos duas opções, o que a gente chama de tudo-ou-nada:
Projeto bem-sucedido: se o objetivo for atingido ou superado, o dono do projeto fica com o todo o dinheiro levantado, ou seja, tudo.
Projeto malsucedido: se o objetivo não for atingido, a gente devolve as contribuições para todos os apoiadores e o dono do projeto não leva nada.

O Tempo está Passando foi bem sucedido, com o apoio das seguintes pessoas:

Adriana e Thiago Testa                            José Diniz    
Roberto Linsker                                       Walderez Machado
Celina Albuquerque                                 Solange Birman Rechtman
Erico Medronho                                       Marina Valle
Helena Magano                                        Sára D. Bueno
Carla Mata Nogueira                                Christina Kehl
Laura e Julio Bierrenbach                        Carla Zucchi
Maria do Socorro Goes                            Alexandre Tokitaka
Tete Pacheco e Roberto Lautert               Jefferson Tong
Dylan Tong                                              Vanessa Machado
Teka Nogueira de  Sá                               Patricia Centurion
Cassio Vasconcelos                                  Christine Liu
Elisa Cohen                                              Claudio Novaes
Mauricio Simonetti                                  Monica Vidiz
Daniela Almeida                                      Jaqueline M. Barreto Duarte
Elisabeth Tatsumi                                    Flavia Rebello
Lynn Forman                                           Steve Hellerstein
Felix                                                        Renata Gaia
Sandra Klinger Rocha                             Fernando Roca Vianna
Marco Palanti                                          Antonio Palmeiro
Thomas Liu                                             Miguel Neves Camargo
Patricia Tong                                           Sonia Barreto
Thelma Gatuzzo                                      Valentina Tong 
Regina Beatriz Telechun                         João Carlos Zani
+ 3 apoiadores anônimos

E destaco essas pessoas que apoiaram com os dois valores maiores:

Compass Consultoria                             Oficina Vagão
Virginia Rioseco Perry                           Marcos Villares Heer
João Paiva Neto                                     Daniel Mc Manus
+ 2 apoiadores anônimos

A exposição foi um sucesso. Recebi muitos elogios,
fiz novos contatos e amigos.
A sensação que fica é de mais uma realização, mais
um objetivo alcançado.
O objetivo de sensibilizar e emocionar as pessoas com
as minhas imagens.
É por isso que continuo fotografando.
E acima de tudo, por saber que tem muitas pessoas que
torcem por mim, que me apoiam e me  incentivam a
continuar nessa jornada.
A todos os meus "apoiadores", muitíssimo obrigada.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Centro Cultural Recoleta, agosto 2012

Inaugurou no dia 3 de agosto, o XVII Encuentros Abiertos,
Festival de la Luz 2012 em Buenos Aires.
Minha exposição, O Tempo Está Passando, encontra-se no
Centro Cultural Recoleta, na sala 12.
O festival tem uma duração de 2 meses, e a cidade respira
fotografia. São 130 exposições, projeções, palestras, workshops,
intervenções urbanas e leitura de portfolios. Fotógrafos nacionais
e estrangeiros que participam em museus, centros culturais e
espaços de arte por todo país. É uma oportunidade para conhecer
e ver o trabalho de outros fotógrafos e para mim, é uma honra ter
essa oportunidade também de mostrar o meu projeto. É uma
troca muito importante, valiosa e enriquecedora.

abertura oficail com a presença da fotógrafa argentina, Sara Facio

da exposição de Sara Facio. Fotografias

 André Kertész, El doble de una vida, Hungria/França

 Christian Cravo, Nos Jardins do Éden, Brasil

 José Diniz, Encantamientos, Brasil

 Erika Diettes, Sudarios, Colombia

 Valera y Natasha Cherkashin, The Evolution of Chaos, Russia

 Tiago Coelho, Doña Ana, Brasil

 Jana Romanova, Waiting, Russia

Max de Esteban, Proposicíon uno: sólo lo efímero, Espanha


E a minha exposição, El tiempo está Pasando

 Elda Harrington, diretora do festival

 Juan Travnik, curador da minha mostra


Para ver mais sobre este projeto, entre na página do facebook:

 

links:


segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Tempo está Passando: o começo

A idéia do projeto "O Tempo está Passando", nasceu do meu livro 
ORIGEM, publicado em 2009. Notei que as pessoas mais velhas ali 
retratadas, tinham as expressões que mais me tocavam. Comecei 
então, em abril de 2010, a procurar estas pessoas Brasil afora, para 
contar um pouco, as histórias de suas vidas. Comecei procurando 
pessoas que conhecia, depois, como sempre, pesquisando e 
perguntando  quem poderia conhecer um centenário.
Viajei para algumas cidades do Brasil, sempre com o apoio de uma 
pessoa local, que me levava até à casa do retratado. A ansiedade era 
grande na maioria das vezes, mas posso afirmar que  essa ansiedade 
logo se transformava em pura emoção, ao me deparar com histórias 
de vidas tão ricas, tão cheias de momentos únicos.
Rostos marcados pelo tempo, mas também pela vivência, felicidade, 
sofrimento. Dá para imaginar o que uma pessoa viu, por quantas coisas
passou em 100 anos de vida? 

O projeto via ser mostrado pela primeira vez, em agosto. Fui convidada
a participar do XVII Encuentros Abiertos Festival de la Luz, em Buenos
Aires. Inaugura no dia 03/ 08, no Centro Cultural Recoleta.
Também, o projeto está aprovado pela Lei Rouanet. Agora, estou na
fase de captação. 
Aos poucos, vou contando um pouco mais sobre o andamento do projeto,
e postando mais imagens.
Criei uma página no facebbok, para quem quiser comentar, curtir, e saber
mais.

http://www.facebook.com/OTempoEstaPassando













sexta-feira, 27 de abril de 2012

Meus encontros com Nadia Baram, Estela Treviño e Graciela Iturbide

Ainda no México, tive três encontros super agradáveis.
Queria mostrar o meu trabalho. É sempre muito construtivo
ouvir a opinião de pessoas que voce respeita e admira.
Ótimo bate papo, críticas, conselhos, enfim, encontros que 
para mim, foram muito valiosos.

Primeiro, com Nadia Baram, fotógrafa e editora de fotografia do
ZoneZero, fundada pelo fotógrafo Pedro Meyer, em 1995. 
O ZoneZero é um site dedicado à criação de imagens e à fotografia. 
É o site mais antigo dedicado à fotografia, e que desde o seu início, 
acreditou no computador como um meio válido para ser ver fotografias.
Nadia foi super simpática em me receber na sua casa. Me ajudou 
muito, me mostrando como posso direcionar melhor os meus
projetos. 
O site do ZoneZero publica trabalhos de vários fotógrafos, com o
objetivo de oferecer um olhar sensível sobre a fotografia que está
sendo produzida no mundo, mas ao mesmo tempo, não eaquecendo
da relevância que a tecnologia exerce no processo criativo.
Para saber mais: http://www.zonezero.com/zz/

No mesmo dia, visitei o Museo Archivo de la Fotografia, onde me
encontrei com Estela Treviño, diretora do museo desde 2008. 
A casa  que abriga o museo, fica no centro histórico da Cidade do 
México, e era conhecida como Casa de las Ajaracas, construída no 
final do seculo XVI. Desde 2005, funciona como Museo Archivo 
de la Fotografia. O acervo do museo, concentra mais de cem anos 
de imagens. Milhões de fotografias, com a intenção de preservar o 
passado histórico, e a missão de organizar, conservar e divulgar esta 
memória gráfica que representa o reencontro com seus antepassados 
reforçando suas identidades. 
Conheci a Estela em Houston, na semana anterior, e combinamos de 
nos encontrar no México. Ela me recebeu no museo, vimos as exposições 
que estavam lá e ela ficou bastante empolgada com o meu trabalho. 
Além de diretora do museo, ela é curadora. Como curadora, exibiu várias
exposições, como William Eggleston, El color como lenguaje,  
Objeto encontrado: Homenaje a Manuel Álvarez Bravo, Estática fugaz
del tiempo: Enrique Bostelmann, e El baño de Frida Kahlo: Graciela
Iturbide.


 
a minha foto na prateleira da Estela

O meu terceiro encontro foi com a fotógrafa mexicana Graciela Iturbide.
Ela me recebeu em sua casa, e nós conversamos sem parar. Uma pessoa
doce, sensível, forte. Como é a sua fotografia. 
O assunto claro, foi fotografia. Ela folheou o meu livro, comentou, me
mostrou vários de seus livros e  assinou dois para mim. 
Eu tinha acabado de ver  a exposição, El baño de Frida Kahlo, na Casa Azul, 
onde a Frida Kahlo viveu. O banheiro da Casa Azul, foi reaberto depois de 
51 anos e Graciela registrou esse lado tão íntimo e doloroso da vida de Frida. 
Voce consegue, verdadeiramente, sentir a dor, olhando para as fotografias. 
Eu perguntei à Graciela como foi  entrar e fotografar naquele banheiro. 
E ela me respondeu: "fuerte". 

















Eu podeira falar mais tantas coisas desse nosso encontro.
Saí da sua casa feliz. Feliz por conhecer uma pessoa
que eu  admirava. Feliz por ver as suas fotografias. Feliz
de estar com  uma pessoa generosa, e tão sensível. 














Esses três encontros me marcaram muito.
Foi uma experiência inesquecível. 
E eu voltei para casa com a certeza de que estou no caminho certo.